Shows da Plataforma Sinfonia do Amanhã lotam anfiteatro do Centro Dragão do Mar. Confira as imagens

Como parte da programação da Plataforma Sinfonia do Amanhã Ano VI, as Residências Artísticas  promoveram um intercâmbio musical entre três artistas do Ceará com três artistas ou grupos convidados de outros estados brasileiros.  A partir dessas experiências, os residentes buscarão novas perspectivas para seus projetos musicais, como parcerias criativas e ampliação das experimentações sonoras. Esse processo imersivo contou com três shows, que lotaram o anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, na noite de 24 de junho de 2023. As residências foram formadas por:

  • Mateus Fazendo Rock e Jup do Bairro
  • Lorena Nunes e Letícia Fialho
  • Luiza Nobel e Ellen Oléria

Além dos shows das Residências Artísticas, a Plataforma contou com outras ações voltadas para músicos e fazedores da música, como diálogos formativos, clínicas criativas, encontro de gestores e seminário. A Plataforma Sinfonia do Amanhã é uma rede de instituições e projetos de música com o  intuito de aprimorar e fortalecer o campo da educação musical, proporcionar a manutenção e  desenvolvimento de grupos de referência como quintetos, quartetos, corais e orquestras para difusão musical.   Através da troca de experiências e  compartilhamento de saberes entre essas instituições, torna-se possível criar agendas comuns  e promover complementações artísticas que potencializam as atividades dos grupos e seus  desdobramentos.  26 organizações atuam na Plataforma em conjunção para fortalecimento da educação musical.  Mesmo atuando de forma conjunta, vale ressaltar que cada integrante realiza seus trabalhos de forma autônoma. 

 

Lorena Nunes 

Lorena Nunes é cantora, compositora, publicitária e administra a carreira artística desde 2011. É gestora e produtora cultural em sua empresa Maniva Raízes Criativas e ao longo desses anos se tornou uma das artistas de maior destaque da nova cena musical cearense.

Experiente dos palcos da cidade alencarina, a artista acumula em seu currículo três álbuns lançados, shows em diversas cidades dentro e fora do Ceará, participações em festivais, feiras de música, e também apresentações internacionais em Cabo Verde, Espanha, Itália, Portugal, França e Bélgica.

Após uma bem sucedida caminhada de cinco anos com seu 1º álbum Ouvi Dizer Que Lá Faz Sol, cujo repertório é todo dedicado a compositores cearenses contemporâneos, Lorena lançou em 2020 o álbum Lorena Nunes Ao Vivo Com Banda Quente, encerrando o ciclo do 1º trabalho e abrindo alas para o seu 3º álbum, La Mar, com composições próprias e também parcerias, como o single Calma, de Mateus Fazeno Rock. A canção Calma foi lançada com clipe em setembro, pouco antes de La Mar, que teve sua estreia em outubro.

Em 2021, mesmo com os desafios da pandemia, Lorena seguiu forte e atuante. Destaque para estreia do show Canto Que É Reza, a participação do espetáculo cênico musical do Porto Dragão, Falando da Vida, O show especial pela entrega da Medalha Iracema a Ednardo com o mesmo, e também com oficinas e cursos como a Temos Dindin para autogestão de carreira musical e Ciberativismo e Empreendedorismo Digital na Escola Boraí para mulheres.

Atualmente Lorena Nunes circula com o show Embarcação, cuja estreia aconteceu em novembro de 2022. Em seu novo show, a artista apresenta as músicas de seu álbum mais recente La Mar, mesclando com as mais aclamadas de seu 1º álbum e também canções inéditas.

Letícia Fialho

Letícia Fialho é compositora, cantora e instrumentista nascida na cidade de Brasília. Descendente de família carioca, tem em suas raízes a vivência quente do subúrbio do Rio de Janeiro, a boemia dos instrumentistas e cantores populares, a cultura negra e o carnaval de rua como imagens que pairam no universo poético da artista e colorem a atmosfera de suas composições. 

Letícia transporta para suas canções um passeio por variados ritmos, unidos por uma composição poética que surge de urgências pessoais atravessadas pela vivência urbana contemporânea, movimentos afetivos, da vida cotidiana e do tempo. A artista compõe a partir de uma sensível relação entre melodia e palavra, que nasce da experimentação da linguagem e do instrumento. Orgânica e elétrica, elegante e suja, sonho e realidade, seu trabalho é ao mesmo tempo um abraço leve e um convite ao profundo. Sua sólida trajetória enquanto cantora e compositora conta com quatro álbuns lançados: Letícia Fialho (2011), Maravilha Marginal (2018 – álbum), Purpurina Anzol (2019-EP), Corpo e Canção remix (2021 – single), Abraço do Tempo (2021 – single) e Carta de Fogo (2021 – EP).

Ellen Oléria

Ellen Oléria é uma cantora e compositora brasileira. Com mais de 22 anos de carreira, a artista acumula prêmios em festivais e quatro discos lançados. Já fez apresentações em cidades de norte a sul do Brasil e em outros países como Espanha, França, Angola, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Japão e Taiwan. Em seu mais recente trabalho, o álbum re.trato, Ellen Oléria cria uma atmosfera romântica com baladas em clima intimista que misturam o soul, o R&B com influências do jazz brasileiro sempre falando de amor, seja um amor romântico, fraterno ou amor pela vida. A versatilidade de Ellen estende-se também ao seu ativismo político que pudemos acompanhar no Estação Plural, talk show criado pela TV Brasil para tratar de pautas de comportamento e temas do universo LGBTQIA+ em que Oléria atuou como apresentadora. A artista que tem formação em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e também circulou em temporadas teatrais pelo Brasil. Conhecida pelo público por seu timbre cintilante, a nação e repertório brasileiríssimo, a soprano dramática Ellen Oléria condensa em sua performance o que o povo brasileiro reconhece como seu: entusiasmo e um sorriso que nunca sai do rosto iluminando cada canção que canta.

Luiza Nobel

Multiartista e empreendedora cultural, atuante no mercado da música há 15 anos, Luiza tem experiência de gerir e dirigir artisticamente sua carreira e projetos que colaborou, como Luiza e A Casa dos 30, Pérolas Negras, Negra Voz, Baile Preto, AnastáciaTour e o PretaPunk. A artista cria projetos de impacto social no setor da cultura e experiências artistas únicas para o público.

Destacando-se no cenário musical cearense pela interpretação, composição e atuação em várias atividades no setor cultural, produzindo, promovendo projetos culturais que visam uma sociedade anti racista baseada na equidade. Agraciada pelas premiações em terceiro lugar no Festival de Música de Fortaleza em 2021, em primeiro lugar do Festival da Juventude de Fortaleza em 2019, mesmo ano que realizou a pesquisa musical “Um Corpo sem Voz em Busca de Voz” na Escola Porto Iracema das Artes com a tutoria da artista Mahmund.

Mateus Fazeno Rock

Nascido e criado em Sapiranga, bairro da periferia de Fortaleza, o compositor canta o dia a dia do seu território em letras que discutem as diferentes fases da existência. Em seu segundo disco, “Jesus Ñ Voltará”, lançado no final de abril, Mateus Fazeno Rock une diferentes estilos musicais para criar o rock de favela. Em suas referências, há pitadas de grunge, punk, funk, rap, reggae, dub e R&B. As 13 faixas tem produção musical de Mateus Fazeno Rock, ao lado de Agê, Caiô e Glhrmee, e contam com feats de Jup do Bairro, Brisa Flow, Big Léo, Má Dame e Mumutante. O novo trabalho dá continuidade a conversa iniciada em “Rolê nas Ruínas”, seu debut, lançado em abril de 2020.  Na sua constelação de ídolos musicais, Djavan e Kurt Cobain ocupam a primeira posição em harmonia. Como um jovem preto roqueiro, que cresceu tocando violão e escutando Nirvana e Silverchair na casa do vizinho, ele não se reconhecia no grunge, cena formada em sua maioria por pessoas brancas. Hoje usa a linguagem punk para comunicar todos esses atravessamentos.

Jup do Bairro

Multiartista, a paulistana Jup do Bairro te provoca a questionar as possíveis corporalidades a partir da ficção e da fricção entre a música, o cinema e as artes plásticas. Jup é inventiva e isso fica evidente logo de cara, no EP CORPO SEM JUÍZO, lançado por ela de modo independente em 2020. Elogiado por público e crítica, além de figurar em dezenas de listas de melhores discos daquele ano, por causa deste trabalho Jup também entrou de vez no radar de curadores e premiações. Foi premiada na categoria “Revelação” da APCA e do Multishow e posteriormente se apresentou em palcos como Lollapalooza Brasil (SP), Festival Carambola (AL), Coquetel Molotov (PE) e Popload Festival (SP), entre outros. Neste 2023 Jup se entrega a dois novos projetos: o EP in.corpo.ação e a gravação do longa metragem Juízo Final – O Filme, este produzido com recursos captados via edital Natura Musical 2022.

 

 

 

Fotos: Henrique Kardozo